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domingo, 4 de março de 2012

O Cânon do Antigo Testamento

A palavra cânon (GR., Kanon) se refere a uma "regra" com base na qual algo é mantido ou avaliado. O cânon do AT é a compilação de livros divinamente inspirados e, portanto, investidos de autoridade, reconhecidos pelos líderes espirituais de Israel na antiguidade.



Costuma-se dizer que um concílio de judeus redigiu a lista de livros no final do primeiro século de nossa era. Na verdade, os livros eram canônicos desde a sua redação. Os livros do antigo testamento foram escritos com o propósito definido de ser considerados sagrados e investidos de autoridade divina.


Na verdade, o concílio que reconheceu oficialmente o cânon atual apenas confirmou aquilo que era aceito de modo geral há séculos.


Para os cristãos, é ainda mais importante o fato de que o próprio Cristo ter citado com frequência e considerado investidos de autoridade livros das três seções do Antigo Testamento hebraico. Ademais, Cristo nunca citou os livros que chamamos hoje apócrifos ou deuterocanônicos.


Protestantes e judeus concordam quanto ao conteúdo do Antigo Testamento, mas ortodoxos e católicos aceitam vários livros judaicos de história e poesia que chamam de deuterocanônicos (GR., "Segundo Cânon") e que os protestantes e judeus chamam de apócrifos (Gr., "Ocultos").


Os 39 livros das versões protestantes atuais correspondem exatamente ao texto da bíblia hebraica.


Os judeus escreveram muitos outros livros religiosos que não são considerados inspirados nem investidos de autoridade.


Os textos menos valiosos dentre esses escritos judaicos são os pseudoepigráficos (GR., "Escritos falsos") e os mais valiosos, os apócrifos/deuterocanônicos.


A igreja católica só reconheceu oficialmente a canonicidade dos livros deuterocanônicos no período da contra-reforma, no Concílio de Trento, realizado, com intervalos, entre 1545 e 1565 em Trento, Itália.


Concílio de Trento

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